Vasco emite nota após gritos homofóbicos da torcida

“Preconceito é crime”, afirmou a diretora do clube Vascaíno

Torcida do Vasco. (Foto: Divulgação)

Depois da partida no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, entre Vasco e São Paulo pela Série A Campeonato Brasileiro, um episódio marcante na história do futebol aconteceu no domingo, 25, quando o árbitro Anderson Daronco pediu para o técnico do Vasco (Vanderlei Luxemburgo) conter a torcida que entoava gritos homofóbicos, para dar continuidade à partida. A diretoria do clube publicou nesta segunda-feira, 26, uma nota de repúdio contra o acontecido.


“Em relação ao episódio registrado na partida deste domingo (25/08) contra o São Paulo, o Club de Regatas Vasco da Gama lamenta e repudia qualquer canto ou manifestação de caráter homofóbico por parte de alguns de seus torcedores. Da mesma forma, a Diretoria Administrativa do Clube manifesta seu pedido de desculpas a todos que, corretamente, se sentiram ofendidos por este comportamento”, informou no início da nota oficial.


Os gritos da torcida contra o time rival “time v…” pode prejudicar o time que corre o risco de perder pontos no Brasileirão após um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). O Vasco ressalta que situações como essa não devem acontecer apenas pelo temor de uma punição esportiva, mas “por uma questão de cidadania e respeito ao próximo e cumprimento da lei”, afirmou a diretoria do clube.
“E se existe um Clube no Brasil historicamente habituado a levantar a voz contra qualquer tipo de discriminação este é o Vasco da Gama, dono da história mais bonita do futebol. Assim foi com a resposta histórica de 1924; assim é com os cantos que o torcedor vascaíno entoa orgulhosamente na arquibancada enaltecendo a luta do Clube a favor de negros e operários”, destacou.


Logo em seguida, os auto-falantes de São Januário alertaram os torcedores para que não houvesse esse tipo de manifestação. “A plateia de um estádio de futebol e a sociedade de maneira geral passam por um processo de aprendizado e conscientização necessário para que atos de preconceito fiquem no passado – um triste passado, diga-se. A Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama compromete-se em promover ações educativas neste sentido junto ao seu torcedor, certa de que encontrará em cada vascaíno um aliado no combate a qualquer tipo de discriminação. O Vasco é a casa de todos”, concluiu a nota oficial.

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