Veja detalhes sobre cada uma delas a seguir

As doenças contagiosas que acontecem no mundo inteiro vem se alastrando ao passar dos anos e aparecendo novos vírus contagiosos para a sociedade em vários países. O primeiro surto aconteceu em 1981, quando o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), passou de epidemia a pandemia em questão de dias. A população ficou assustada e o número de casos de mortes foi aumentando ao decorrer dos anos. Atualmente, já passamos por vários surtos que chegaram a epidemia ou pandemia em questão de pouco tempo. Como: dengue, zika, chikungunya, gripe suínas/h1n1 e o mais recente o coronavírus.
No momento em que cada vírus é descoberto e as taxas de casos e mortalidades vão aumentando, a população entre em pânico e toma medidas de precaução para não espalhar ainda mais o vírus. Segundo o Ministério da Saúde, nenhum desses vírus ainda tem cura por completo, as taxas vem oscilando quando outros patologias vem se agregando nas regiões.
O Ministério da Saúde ainda não divulgou nenhum dado nacional sobre a incidência dessas doenças dengue, zika, chikungunya, gripe suínas/h1n1 relativos a 2020.
HIV/AIDS
A doença foi identificada em 1981, porém segundos estudos ela é bem mais antiga. Ela surgiu a partir de um vírus chamado SIV, encontrado no sistema imunológico dos chimpanzés e do macaco-verde africano. Apesar de não deixar esses animais doentes, o SIV é um vírus altamente mutante, que teria dado origem ao HIV, o vírus da aids.
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Ou seja a AIDS é causada pelo vírus HIV, que interfere na capacidade do organismo de combater infecções.,A pesquisa mais recente pelo Estudo de Abrangência Nacional de Sobrevida e Mortalidade de Pacientes com Aids no Brasil, que atualmente mais de 36,9 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Destas, 1,8 milhão são crianças com menos de 15 anos de idade.
Causa: Ele é mais comumente transmitido durante a relação sexual sem uso de preservativo e pela troca de fluidos corporais. O contágio também pode acontecer durante a gravidez, no parto, em transfusões sanguíneas, transplantes de órgãos, pela amamentação e por compartilhamento de agulhas contaminadas. Pode ser transmitido pelo contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados.
Sintomas: Similares aos de uma gripe, como febre, mal-estar prolongado, gânglios inchados pelo corpo, manchas vermelhas na pele, dor de garganta e dores nas articulações. Algumas pessoas não apresentam nenhum sintoma por muitos anos enquanto o vírus, vagarosamente, se replica. Uma vez que os sintomas desaparecem, a pessoa que vive com o HIV pode não sentir mais nada por muito tempo. O período, conhecido como janela, varia de 2 a 15 anos.
Tratamento: Não existe cura para a AIDS, mas uma adesão estrita aos regimes antirretrovirais (ARVs) pode retardar significativamente o progresso da doença, bem como prevenir infecções secundárias e complicações.
Zika
Após 26 anos em queda, a epidemia de zika, que colocou o Brasil em emergência sanitária entre novembro de 2015 e maio de 2017, foi apontada pelo Ministério da Saúde como um dos motivos por trás do aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil. O relatório do órgão mostrou o crescimento de 4,8% das mortes de crianças entre 2015 e 2016, interrompendo uma sequência de queda que durava 26 anos.
Os sinais de infecção pelo Zika vírus são parecidos com os sintomas de dengue, e começam de 3 a 12 dias após a picada do mosquito. A maior parte dos indivíduos, cerca de 80 %, após se infectar com ZKV não desenvolverá qualquer sintoma da doença.
Sintomas: Na maioria dos casos, não há nenhum sintoma. Em alguns casos, o Zika pode provocar paralisia (síndrome de Guillain-Barré). Em gestantes, pode causar defeitos congênitos subsequentes. Quando presentes, os sintomas são leves e duram menos de uma semana. Eles incluem febre, irritação na pele, dor nas articulações e olhos vermelhos.
Tratamento: Não há vacina ou tratamento específico. O foco está em aliviar os sintomas e inclui repouso, reidratação e paracetamol para febre e dor. Aspirina e fármacos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno, devem ser evitados.
Chikungunya
É uma arbovirose causada pelo vírus chikungunya (CHIKV). A doença é transmitida através da picada de fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados pelo CHIKV.
Casos de transmissão vertical – transmissão da mãe para o filho – podem ocorrer quase que exclusivamente durante o trabalho de parto de gestantes com chikungunya e, muitas vezes, provoca infecção neonatal grave.
No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.
Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.
Em 2014 a Organização Mundial de Saúde (OMS) registrou a transmissão da doença em 17 países e territórios no Caribe e América do Sul.
Na epidemia de 2005-2006 na Ilha Reunion, com uma população de cerca de 800 mil habitantes, 244.000 casos de chikungunya foram estimados e 203 mortes foram relatadas, com uma proporção de 1 óbito para cada 1000 casos notificados e uma mortalidade global de 25/100 mil habitantes (Renault F, 2007). A faixa etária mais acometida entre os óbitos foram os idosos, com 16 um média de 79 anos.
Sintomas: são clinicamente parecidos aos da dengue – febre de início agudo, dores articulares e musculares, dor de cabeça, náusea, fadiga e exantema (erupções na pele). A principal manifestação clínica que a difere são as fortes dores nas articulações, que muitas vezes podem estar acompanhadas de edema.
Os sintomas costumam persistir por 7 a 10 dias, mas a dor nas articulações pode durar meses ou anos e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas.
Tratamento: O tratamento visa aliviar os sintomas. A maioria das pessoas se sente melhor em cerca de uma semana, depois que o vírus segue seu curso.
Dengue
A incidência da dengue tem crescido drasticamente em todo o mundo nas últimas décadas.
Até 12 de outubro deste ano, houve 689 mortes em decorrência da dengue em todo o país, de acordo com o mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, número quase 5,4 vezes maior que as 128 mortes registradas no mesmo período de 2018.
Ao todo, foram registrados 1.489.457 milhões casos notificados de dengue em 2019, até o 12 outubro, número cerca de 690% maior do que os 215.585 casos de 2018. A dengue atinge até o momento 708,8 em cada 100 mil habitantes. A região com a maior taxa de incidência é a Centro-Oeste, com 1.235,8 para cada grupo de 100 mil habitantes, apesar de ter um número menor de casos.
Antes de 1970, apenas nove países haviam enfrentado epidemias de dengue grave. Essa doença agora é endêmica em mais de 100 países nas regiões da OMS da África, Américas, Mediterrâneo Oriental, Sudeste Asiático e Pacífico Ocidental. As regiões das Américas, Sudeste da Ásia e Pacífico Ocidental são as mais gravemente afetadas.
Ao todo, os estados já contabilizam, até 12 de outubro de 2019, 123.407 casos, contra 78.978 do mesmo período em 2018, de chikungunya e zika.
Sintomas: dores de cabeça forte, manchas e coceira na pele; dor atrás dos olhos; febre alta, fraqueza e cansaço; dor no corpo e articulações; náusea, vômitos e tonturas; manchas na pele; perda do paladar e apetite; entre outros.
Transmissão: O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor da dengue. O vírus é transmitido para humanos por meio da picada de mosquitos fêmea infectados. Após o período de incubação (4-10 dias), um mosquito infectado é capaz de transmitir o vírus pelo resto de sua vida.
Humanos infectados, sintomáticos ou assintomáticos, são os principais portadores e multiplicadores do vírus, servindo como uma fonte para mosquitos não infectados. Pacientes que já foram infectados com o vírus da dengue podem transmitir a infecção (por 4 a 5 dias, 12 dias no máximo) via Aedes após o aparecimento dos primeiros sintomas.
O mosquito Aedes aegypti vivem em habitats urbanos e se reproduz principalmente em recipientes artificiais. Ao contrário de outros mosquitos, o prefere se alimentar durante o dia; os picos de atividade são no início da manhã e antes do anoitecer. O mosquito fêmea pica diversas pessoas durante cada período de alimentação.
Tratamentos: Não existe tratamento específico para a dengue. No caso de dengue grave, cuidados médicos fornecidos por profissionais de saúde experientes com efeitos e progressão da doença podem salvar vidas – diminuindo as taxas de mortalidade de mais de 20% para menos de 1%. A manutenção do volume de fluido corporal do paciente é de extrema importância no cuidado da dengue grave.
Gripe suína/H1N1
A gripe A, ou gripe suína como era reconhecida até 30 de abril de 2009, é causada pelo vírus Influenza tipo A/H1N1 modificado, denominado A/CALIFORNIA/04/2009. Esse, resultante da união de material genético de cepas da gripe humana, aviária e suina; extrapolou a barreira de espécies e passou a atingir seres humanos.
A h1n1 é uma infecção respiratória em humanos causada por uma cepa de influenza que surgiu pela primeira vez nos porcos.
A gripe suína foi reconhecida pela primeira vez na pandemia de 1919 e ainda circula como um vírus da gripe sazonal. A gripe suína é causada pela cepa de vírus H1N1, que começou em porcos.
Sintomas: febre, tosse, dor de garganta, calafrios e dores no corpo.
Tratamento: Como em toda gripe, os tratamentos são sintomáticos, com antitérmicos, analgésicos e expectorantes, que controlam os sintomas da doença, como febre e dores. Os antivirais só devem ser utilizados sob prescrição médica, para casos específicos.
Coronavírus (COVID-19)
Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19).
Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ceará tem 11 casos de coronavírus confirmados, segundo informa a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Além disso são 159 casos suspeitos. No boletim da última segunda-feira, eram nove casos confirmados e 62 suspeitos. Em todo o Brasil são 234 casos confirmados, de acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, desta segunda-feira.
Transmissão: As investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1m) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.
É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Alguns vírus são altamente contagiosos (como sarampo), enquanto outros são menos. Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva; espirro; tosse; catarro; contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão; contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Sintomas: febre; tosse seca; fadiga; dor de cabeça; falta de ar; entre outras.
Tratamento: Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. No caso do coronavírus é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo o u so de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos). Uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.