Dois vereadores desistiram do voto e pediram revogação

Vereadores da Câmara Municipal de Iguatu, município 361,4 distante de Fortaleza, querem revogar o título de cidadão iguaçuense concedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). As informações são do jornal O POVO.
Na sessão da última quarta-feira, 4, a horária ao ex-deputado foi aprovada por meio do projeto 026/2021, de autoria do vereador e vice-presidente da Casa, Rubenildo Cadeira (Republicanos).
No entanto, após repercussão negativa da pauta, dois vereadores que aprovaram o decreto, Bandeira Júnior e Alyson Berreto, desistiram do voto e pediram revogação. Ainda na quarta-feira, ambos protocolaram um requerimento para que a mesa diretora da Câmara pudesse deliberar em plenário o pedido de revogação dos votos.
O projeto fora aprovado nove votos. Foram eles: Rubenildo Cadeira, Zilfran, Pedro Lavor, Diego Felipe, Louro da Barra, Pedro Uchoa, Bandeira Junior, Alyson Berreto e João Lazaro. Em contrapartida, Sávio Sobreira, João Torres, Eudisvan, Marciano Baião e Lindovan foram contra. Os políticos Rafael Gadelha e Marconi filho estiveram ausentes.
Nas redes sociais, Bandeira comentou o assunto, acrescentando que apresentou pedido pela revogação da honraria. “Não imaginava que teria uma repercussão tão expressiva e ofegante sobre meu ato, pois, sou um servidor público eleito pela população e a ela eu devo, sim, satisfação”, disse. Veja o pronunciamento completo abaixo:
Conforme a reportagem do O Povo, Rubenildo, o autor da homenagem, justificou que foi motivada pela crença no governo do presidente, no sentido do “combate à corrupção, desemprego, miséria, sendo ainda sempre um defensor da família”. Ele ainda disse que, “mesmo que alguns pontos tenha divergências em suas ações ou falas” a opção adotada foi de “ver a sua atuação em todos os sentidos das suas propostas de campanha”.
Além disso, o político disse que Bolsonaro “mesmo com dificuldades”, tem realizado “uma grande administração, com investimentos jamais vistos no município”. “Isso inclui 30 leitos de UTIs, autorização no seu governo para implantação da faculdade de Medicina, bem como sua importante atuação na habitação, executando e concluindo o maior Programa Habitacional do nosso município, beneficiando 960 famílias de nossa cidade”, disse ao O Povo.
O vereador ainda disse que, caso a decisão seja revogada, estará “abrindo um precedente perigoso”, destacando que a Cidade jamais havia realizado tal ação. “Já pensou, sempre que algum grupo de vereadores não concordar com uma honraria dada a alguém, simplesmente resolver revogar?”, completou.