Presidente do Ceará usou as redes sociais para se pronunciar sobre situação do futebol no Estado

O presidente do Ceará, Robinson de Castro, usou as redes sociais para criticar o impedimento da realização de jogos de futebol no Estado. Ainda não há data definida para o retorno dos campeonatos.
“Me digam, é mais seguro o futebol funcionar com portões fechados ou o shopping center aberto? Somos uma atividade de baixo risco alto impacto econômico. Isso mesmo, além de um entretenimento somos também uma atividade econômica importante”, disse o mandatário.
Robinson publicou um vídeo no Instagram em que pessoas circulam em lojas do Centro de Fortaleza. “Somos impedidos de realizar uma partida de futebol com a presença de apenas 200 pessoas testadas e treinadas para seguir um rígido protocolo de conduta”, afirmou.
Neste sábado, 4, o governador Camilo Santana (PT) renovou a quarentena no Estado e anunciou o início da terceira fase do plano de retomada da economia em Fortaleza. A ação prevê retorno gradual de algumas atividades, entretanto, o futebol segue sem liberação.
Robinson disse que tentou reunir-se com o chefe do Executivo, mas não obteve sucesso. “Quais os argumentos para não voltar o futebol? Nenhum se sustenta em pé. Lamentável, estamos pagando uma conta desnecessária por pura discriminação”, criticou o mandatário.
“Já que não tem futebol pra ver em casa, vamos ao shopping, lá certamente é mais seguro”, ironizou Castro finalizando comunicado nas redes sociais.
Confira a nota na íntegra
“Milhares de pessoas circulando nas lojas do centro da cidade e nos shoppings. Nenhuma dessas pessoas foram testadas e não me digam que obedecem a qualquer protocolo.
Torcida do Ceará e demais simpatizantes do futebol, somos impedidos de realizar uma partida de futebol com a presença de apenas 200 pessoas testadas e treinadas para seguir um rígido protocolo de conduta, em uma área que tem capacidade para receber 60.000 pessoas. Repetindo apenas 200 pessoas em um espaço que comporta 60.000.
Me digam, é mais seguro o futebol funcionar com portões fechados ou o shopping center aberto?
Somos uma atividade de baixo custo é alto impacto econômico. Isso mesmo, além de um entretenimento somos também uma atividade econômica importante.
Incoerência e discriminação é o que sempre fazem com o futebol profissional.
Isso mesmo, somos futebol profissional literalmente. Desafio alguma empresa ou organização que tenha mais responsabilidade ou que cumpra rigorosamente os protocolos exigidos do que o futebol profissional.
Quais os argumentos para não voltar o futebol? Nenhum se sustenta em pé. Lamentável, estamos pagando uma conta desnecessária por pura discriminação.
Procuramos marcar uma audiência com o nosso Governador assim como outras atividades econômicas tiveram, porém não nos foi dado sequer essa oportunidade.
Não me resta outra coisa a não ser pedir desculpas à Nação Alvinegra, aos simpatizantes do futebol, aos nossos atletas e colaboradores, por não ter como justificar a vocês o motivo que pelo qual jogar de portões fechados está proibido, em um ambiente sem aglomeração e com protocolo rígido.
Já que não tem futebol pra ver em casa, vamos ao shopping, lá certamente é mais seguro”.